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04/11/2015 NOVIDADES

A importância da avaliação física antes do início do treinamento

Muitos são os métodos de avaliação física para diagnósticos, investigação e estratificação de risco de eventos, sendo a história, o exame físico e o eletrocardiograma responsáveis por praticamente 50% das hipóteses diagnósticas corretas.

Os testes ergométrico e ergoespirométrico, como método de avaliação da capacidade física, contribuem para definir a intensidade do exercício mais adequada à capacidade física do indivíduo, e embasar a progressão do exercício ao longo do treinamento. A diferença básica da aplicação desses métodos na prescrição de exercício físico está no fornecimento de uma avaliação mais precisa. A ergoespirometria, além de possibilitar a medida direta do consumo de oxigênio de pico, permite a determinação do início aeróbio e do ponto de descompensação respiratória, que são extremamente importantes para o corredor.

No caso da ergometria, o consumo de oxigênio de pico é calculado e não medido, enquanto o limiar aeróbio e o ponto de descompensação respiratória não podem ser determinados. Portanto, a falta de uma avaliação ergoespirométrica não é impeditiva, mas, sem dúvida, restritiva na programação de treinamento físico para os corredores.

Em geral o exercício físico que comprovadamente promove prevenção e melhora do condicionamento físico são os exercícios aeróbios que envolvem grandes massas musculares, movimentadas de forma cíclica, de baixa a moderada intensidade, realizada com frequência de três a cinco vezes por semana, por um período de tempo mais longo, entre 30-60 minutos.

A avaliação funcional pela ergoespirométria deve ser o método de escolha. No entanto, isso não impede que a prescrição de treinamento para o corredor seja realizada com o teste de esforço convencional, utilizando-se a medida direta de frequência cardíaca, registrada pelo eletrocardiograma no repouso e no pico do exercício, a partir de cálculos indiretos ou de fórmulas.

Muitos são os métodos de avaliação física para diagnósticos, investigação e estratificação de risco de eventos, sendo a história, o exame físico e o eletrocardiograma responsáveis por praticamente 50% das hipóteses diagnósticas corretas.  Todo corredor com mais de 35 anos de idade ou que tenha apresentado algum evento durante o treinamento físico deve ser submetido a investigação de isquemia e problemas cardíacos. O teste ergométrico, a cintilografia miocárdica e, nos casos necessários, a cinecoronariografia devem ser indicados.

A prevenção é o único tratamento dos eventos durante os treinos. Em muitos casos há sintomas premonitórios como a síncope, palpitações e dor torácica. A história familiar de eventos em jovens corredores e anormalidades clínicas e eletrocardiográficas impõe investigação rigorosa. Com isso, podemos concluir a importância destes exames prévios nos corredores, com o intuito de acidentes nos treinos e competições.

Newton Nunes é Formado em Licenciatura em Educação Física pela Universidade de São Paulo (USP) em 1992.
Matéria publicada no site WebRun

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