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28/08/2020 NOVIDADES

Tabagismo e Coronavírus- Dia Nacional do Combate ao Fumo

Em 2020, com o surgimento da pandemia do novo Covid-19 a Organização Mundial da Saúde (OMS) — alerta que o tabagismo (também considerado uma pandemia) tem papel de destaque no agravamento da pandemia de Covid-19, já que é fator de risco para transmissão do vírus e para o desenvolvimento de formas mais graves de Covid-19.

Tabagismo e coronavírus

O Dia Nacional de Combate ao Fumo, comemorado em 29 de agosto, tem como objetivo reforçar as ações nacionais de sensibilização e mobilização da população para os danos sociais, políticos, econômicos e ambientais causados pelo tabaco.

Criado em 1986 pela Lei Federal 7.488, o Dia Nacional de Combate ao Fumo inaugura a normatização voltada para o controle do tabagismo como problema de saúde coletiva.

Em 2020, com o surgimento da pandemia do novo Covid-19 a Organização Mundial da Saúde (OMS) — alerta que o tabagismo (também considerado uma pandemia) tem papel de destaque no agravamento da pandemia de Covid-19, já que é fator de risco para transmissão do vírus e para o desenvolvimento de formas mais graves de Covid-19. 

Tabagismo e potencial risco para Covid-19

Fumantes parecem ser mais vulneráveis à infecção pelo novo coronavírus, pois o ato de fumar proporciona constante contato dos dedos (e possivelmente de cigarros contaminados) com os lábios, aumentando a possibilidade da transmissão do vírus para a boca. O uso de produtos que envolvem compartilhamento de bocais para inalar a fumaça — como narguilé (cachimbo d´água) e dispositivos eletrônicos para fumar (cigarros eletrônicos e cigarros de tabaco aquecido) — também pode facilitar a transmissão do novo coronavírus entre seus usuários e para a comunidade.

Além disso, o tabaco causa diferentes tipos de inflamação e prejudica os mecanismos de defesa do organismo. Por esses motivos, os fumantes têm maior risco de infecções por vírus, bactérias e fungos. Os fumantes são acometidos com maior frequência de infecções como sinusites, traqueobronquites, pneumonias e tuberculose. Por isso, é possível dizer que o tabagismo é fator de risco para a Covid-19 e que é um agravante da doença: devido a um possível comprometimento da capacidade pulmonar, o fumante possui mais chances de desenvolver sintomas graves da doença.

Panorama sobre o uso de cigarro no Brasil

A importância da campanha nacional está diretamente relacionada à saúde da população, tendo em vista os riscos que o vício proporciona. Estudos realizados pelo Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) demonstram que 9,8% dos brasileiros tinham o hábito de fumar, com taxas menores entre adultos de até 24 anos, com 7,9% de fumantes, e idosos (maiores de 65 anos), com 7,8%.

O narguilé é outro dispositivo usado por fumantes e que traz mais preocupações por atingir um público mais jovem, inclusive adolescentes, com estudos demonstrando que ele é responsável por mais de 66% da prevalência de consumo de tabaco.

Além disso, o tabaco é a principal causa de morte, doenças e empobrecimento no mundo. Tudo isso demonstra a importância do Dia Nacional do Combate ao Fumo e da luta contra o vício em todas as épocas do ano.

Em decorrência disso, também foi elaborada a Lei 9.294/1996 que trata da propaganda de cigarros e álcool, trazendo limitações importantes para a defesa da população, e a Lei Antifumo, que restringiu o uso de cigarro em recintos coletivos fechados.

Com a pandemia de COVID-19, estudos realizados demonstraram que houve o aumento do consumo de cigarros. De acordo com os resultados obtidos, 46% dos brasileiros sentiram mais vontade de fumar. Além disso, 37,5% consumiram entre 1 e 10 cigarros a mais por dia, enquanto 6,2% superaram esses valores.

O tratamento da dependência de nicotina

Existem tratamentos para ajudar o paciente a combater a dependência do cigarro. O reconhecimento da dependência e a decisão de lutar contra ela é um passo importante, mas também traz dificuldades. Por isso mesmo, é possível contar com suporte profissional para superar os desafios e se livrar do vício.

Os procedimentos indicados dependerão do quadro do paciente, o que exige uma análise médica detalhada para realizar o diagnóstico. A terapia aliada ao uso de medicamentos costuma ter resultados satisfatórios.

Atividade física é grande aliada para quem quer parar de fumar

Há quem pense ser necessário chegar ao fim do processo de parar de fumar para então iniciar uma atividade física. Mas essa é uma visão equivocada. A prática esportiva é altamente recomendada para ex-fumantes recentes. Ela inclusive funciona como um ótimo apoio para lidar com a ansiedade natural das primeiras semanas sem cigarro.

O exercício físico ajuda a tirar o foco do tabagista do cigarro, sobretudo naquele período em que ele está empenhado em reduzir ou controlar a vontade de fumar. O indicado é introduzir a prática esportiva de maneira gradual. Começando com cerca de 30 minutos por sessão, aumentando posteriormente. Tudo feito sempre depois de uma avaliação médica e com o acompanhamento adequado de um educador físico ou fisioterapeuta.

 

Conteúdo:

https://www.inca.gov.br/campanhas/dia-nacional-de-combate-ao-fumo/2020/tabagismo-e-coronavirus-segunda-fase

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