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27/08/2013 NOVIDADES

Dificuldade para comprar roupas motiva estudante do RJ a perder 55 kg

Com 145 kg, Lucas não conseguia encontrar roupas do seu tamanho. Atividade física e reeducação alimentar fizeram o jovem chegar aos 90 kg.

A dificuldade de encontrar roupas no seu tamanho foi à motivação que o estudante de engenharia Lucas Lima Bartolotti, de 21 anos, precisava para sair dos 145 kg. “No fim de 2012, fui fazer compras antes das férias e não encontrava nada. A única coisa que achei foi uma bermuda tamanho 56, mas quando me olhei no espelho do provador, percebi que precisava tomar uma atitude”, lembra o carioca, de Campos dos Goytacazes.

Acostumado com uma alimentação baseada em fast food, pizza e refrigerante, o jovem comia compulsivamente, mesmo sem fome. “Comecei a engordar com 10 anos, mais ou menos, mas em 2012, foi quando mais ganhei peso. Tomava quase 2 litros de refrigerante por dia”, conta Lucas.

Por causa desse estilo de vida, ele acabou desenvolvendo hipertensão e, em uma consulta de rotina com a cardiologista, descobriu que teria que começar a tomar remédios. “Tinha só 20 anos e já tomava medicamento para pressão”, diz o estudante. Então, depois das férias, em fevereiro de 2013, ele decidiu que tentaria, pela última vez, perder o excesso de peso. “Já tinha tentado emagrecer com remédios e dietas malucas, mas sempre voltava a engordar. Daquela vez, coloquei na cabeça que tentaria e, se não conseguisse, teria que recorrer à cirurgia”, conta.

No entanto, após passar o carnaval com uma tia que havia acabado de fazer a redução de estômago, Lucas percebeu que não queria ter que seguir aquele caminho e decidiu que conseguiria emagrecer apenas mudando seu estilo de vida. “Percebi como era a dieta dela e como era complicado, então não queria aquilo para mim”, contou o carioca.

Ao voltar de viagem o jovem começou a mudança por conta própria já que, segundo ele, “Sabia o que precisava fazer, mas fazia diferente”. Com vergonha de entrar em uma academia, Lucas resolveu começar pela caminhada na rua, associada à nova dieta. “Tinha vergonha de entrar em uma academia, então andava perto de casa. Na alimentação, reduzi as besteiras, cortei o refrigerante e diminuí os carboidratos, além de comer sempre de 3 em 3 horas”, conta o estudante.

No fim do primeiro mês, o estudante já havia perdido 15 kg e, depois de perder esse peso, ele entrou na academia, onde marcou uma consulta com um nutricionista para adequar a alimentação ao novo estilo de vida. “Contei para ele o que estava comendo e ele acrescentou fibras, aveia, linhaça, integrais e também a suplementação dos treinos”, lembra. Na época, Lucas já conseguia correr um pouco na esteira e, sem ter a vergonha que o impediu de entrar antes na academia, resolveu começar também na musculação. “No começo, não treinava pesado porque precisava queimar calorias, mas depois do terceiro mês, já comecei a treinar para ganhar massa magra”, conta.

Com os resultados aparecendo, Lucas começou a se motivar cada vez mais. “As bermudas foram ficando folgadas e saí do tamanho 56 para o 44, que já está largo. Hoje eu uso roupa de quando eu tinha 13 anos”, conta o jovem, orgulhoso dos seus 90 kg na balança, 55 kg a menos do que tinha quando começou o processo de emagrecimento. Depois de perder todo esse peso, ele voltou à cardiologista para avaliar se precisaria continuar tomando o remédio para a pressão e a resposta foi à esperada: não. “Ela disse que eu podia suspender o medicamento e todos meus exames tiveram resultados normais”, lembra satisfeito.

Atualmente, Lucas garante que já sabe se controlar para não voltar ao peso anterior. “Em um rodízio de pizza, eu comia 45 pedaços de pizza, mas hoje eu como 2 pedaços e já fico cheio”, avalia.

Acostumado à nova dieta, hoje ele já se permite comer uma coisa ou outra a cada 15 dias. “Às vezes, me dou o direito de comer uma besteirinha, mas sem exageros. Até porque se eu sair da dieta sai que no dia seguinte terei disposição para ir à academia e queimar tudo”, afirma.

Outro problema que o estudante superou foi nas idas a restaurantes, bares e lanchonetes, mas não só em relação à comida. “Já quebrei uma cadeira em uma lanchonete uma vez, então sempre olhava antes para ver se a cadeira me aguentaria. Hoje não tenho mais esse problema e tenho muito mais vontade de sair”, diz.

Para quem precisa perder peso, Lucas alerta que não existe mágica ou milagre e acredita que o mais importante é estabelecer pequenas metas. “Não dá para perder em um mês o que levamos a vida toda para ganhar. Se eu pensasse que precisava perder 60 kg, desanimava, então estipulava que perderia 3 kg por semana e dava certo”, lembra.

Cerca de 6 meses depois, ele comemora o resultado e as melhoras que teve em sua vida. “Não melhorou só a estética, mas a saúde e a disposição também. A batalha é longa, o esforço é grande, mas a sensação de felicidade ao se olhar no espelho é indescritível”, analisa. Muito mais feliz, ele diz que agora seu objetivo é ganhar definição muscular. “Meu foco é esse e não pretendo jamais voltar ao meu estilo de vida de antes”, conclui.

Fonte: g1.globo.com/bemestar

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